As tempestades provocam a ocorrência de raios. Alguns afetam transformadores de energia elétrica e deixam prédios sem luz e com aparelhos danificados. Mesmo equipado com pararraios, que funcionam como um filtro de energia, muitos condomínios podem ser afetados pela descarga elétrica.
Numa tempestade, gotículas de gelo se formam nas nuvens. O atrito entre elas resulta em uma carga elétrica que precisa ser descarregada. Esta descarga atrai a energia do solo em direção ao céu. A descarga se transforma em raios que podem atingir os pararraios ou não. Técnicos afirmam que a frequência de avaliação de um pararraio deve ser feita todo ano, com a medição das conexões e verificação dos cabos. O sistema protege a edificação, evita incêndios e salva vidas.
O Corpo de Bombeiros aconselha aos síndicos e administradoras de condomínios a incluírem na pauta de uma das suas AGEs o assunto: revisão dos sistemas de proteção elétrica, pararraios e aterramento elétrico.
Não havendo apoio dos condôminos, deve-se registrar no livro de atas, a fim de descaracterizar negligência por parte dos síndicos. Este simples procedimento pode evitar diversos aborrecimentos no futuro, até mesmo junto a outros síndicos e/ou administradoras.
Os bombeiros recomendam que se deixe em local de fácil acesso a documentação de instalações e das manutenções dos sistemas de proteção de pararraios e aterramento, para uma possível fiscalização.
Os condomínios devem contratar os serviços de uma empresa de manutenção no período não chuvoso, quando geralmente é mais barato e as condições de trabalho são melhores.
O Brasil é um país tropical com os maiores índices de raios do mundo. Um raio ocorre em vários lugares ao mesmo tempo e pode cair mais de uma vez em um mesmo lugar.
Se um raio cair a dois quilômetros de distância de uma edificação, os equipamentos eletro-eletrônicos que estiveram próximos correm riscos de serem danificados. O raio pode ser direto quando atinge uma edificação e causa danos tanto na construção quanto nos equipamentos. A proteção nesse caso é feita através de pararraios tipo Franklin e/ou gaiola de Faraday. O raio indireto é aquele que cai nas proximidades de um prédio e sua sobrecarga danifica equipamentos através da rede elétrica. A proteção contra esse problema é através de aterramento elétrico com protetor de surtos.
Segundo o técnico, a interferência eletromagnética se dá quando um raio cai e gera potentes ondas eletromagnéticas capazes de induzir tensões perigosas para qualquer equipamento eletrônico.Para a proteção dos equipamentos eletrônicos é necessária a instalações de dispositivos na rede de baixa tensão. Além disso, toda vez que o pararraios do condomínio for atingido por alguma descarga atmosférica, é obrigatório passar por uma manutenção por técnico credenciado.
