A redução do consumo de energia elétrica, com a entrada em vigor do horário de verão (de 16 de outubro a 19 de fevereiro de 2017), pode deixar de beneficiar os condomínios residenciais se estes não adotarem medidas complementares para economizar nas suas contas de luz. Durante esse período, quando os dias são mais longos, as áreas de lazer dos condomínios são utilizadas por mais tempo.
No caso daqueles que possuem saunas elétricas e piscinas, as despesas do condomínio podem subir ainda mais no horário de verão. Além da manutenção e do uso mais frequente do filtro da piscina, o síndico precisa programar o horário de trabalho do guardião, que obrigatoriamente deve estar presente sempre que ela estiver aberta. Quanto às saunas, o correto é estabelecer um horário de funcionamento e evitar que funcionem ligadas e sem uso.
Com relação às piscinas, o condomínio pode contratar dois guardiões para trabalhar numa escala de 12 horas por 36 horas. No verão não haverá necessidade de pagar horas extras, mas apenas adequar o uso da piscina ao novo horário, permitindo que funcione até as 20h ou 21h.
O horário de funcionamento de saunas e piscinas pode ser estabelecido por assembleia geral dos condôminos e/ou fazer parte do Regulamento do Condomínio. Para estabelecer este horário, é melhor que seja resultado de uma decisão coletiva.
Outra forma de evitar sustos nas contas do condomínio nem de precisar de cotas extras é programar a despesa do horário de verão na fixação do orçamento anual. Assim, o custo é diluído ao longo de 12 meses, sem surpresas para o caixa do condomínio.
O horário que vai vigorar até o dia 19 de fevereiro de 2017 é adotado no Brasil desde 1931. O objetivo é proporcionar uma economia de energia para o País, com menor consumo no horário de pico (entre as 18h e 21h), pelo aproveitamento maior da luminosidade natural. Com isso, o uso de energia gerada por termelétricas pode ser evitado, reduzindo o custo da geração de eletricidade.
Em 2015, a adoção do horário de verão possibilitou uma economia de R$ 162 milhões, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A economia foi possível porque não foi preciso adicionar mais energia de usinas termelétricas para garantir o abastecimento do País nos horários de pico. Essa redução representa cerca de 4,5% da demanda de ponta das três regiões em que o horário é aplicado (Sul, Sudeste e Centro-Oeste) e é equivalente a uma vez e meia a carga no horário de ponta de Brasília.
Embora já haja uma redução natural do consumo de energia durante o horário de verão é necessário estar atento as medidas que podem diminuir ainda mais a preocupação na hora de fechar as contas ao final do mês.
Confira abaixo cinco dicas que podem ajudar a economizar energia:
♦ Substituir lâmpadas incandescentes e fluorescentes por de modelo LED;
♦ Checar se há vazamentos de água para que a bomba de sucção que alimenta a caixa de água não seja sobrecarregada e gaste maior quantidade de energia;
♦ Adotar um sistema de iluminação inteligente com sensores de presença;
♦ Automatizar áreas de portaria e garagem;
♦ Checar se a sauna foi realmente desligada ao fim do uso.