Apesar das contas de abril terem sido reduzidas em cerca de 13 %, com a devolução de valores cobrados a mais em 2016 determinada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), os consumidores da Enel (antiga Ampla) já estão pagando mais pelas perdas que a empresa sofre com “gatos de luz”.
Em março, a tarifa da Enel foi reduzida pela Aneel em média de 6,51%, ao considerar que a empresa também tinha que devolver ao consumidor os valores correspondentes a despesas financeiras que não se concretizaram, mas que tinham entrado no cálculo da tarifa anterior.
Já a devolução de abril foi porque o custo da energia proveniente da termelétrica de Angra 3 tinha sido incluído nas tarifas do ano passado, mas aquela usina não entrou em operação.
Em compensação a Enel cobra mais aos consumidores pelos “gatos de luz”. A Aneel aprovou a elevação do índice de perdas não técnicas da empresa, ocasionadas por furto de energia, de 15,7% para 19,4% em 2017 e para 18,54% em 2018. Em 2019, o índice ainda será reavaliado.
O aumento das perdas com furtos repassados aos consumidores foi porque a empresa alegou não conseguir combater os “gatos” em áreas dominadas por traficantes. Isso estaria gerando um prejuízo de R$ 80 milhões por ano, o qual a empresa vai dividir mais com os consumidores.