Os condomínios precisam ficar ainda mais atentos ao consumo de energia elétrica. Além da bandeira vermelha aplicada nas contas de luz deste mês de novembro ter aumentado de R$ 4,00 para R$ 4,169, a cada 100 kWh consumidos, os Condomínios pagarão um adicional de 2% no ICMS cobrado deles pelas empresas distribuidoras.
A Assembleia Legislativa aprovou um aumento de 2% na alíquota adicional de ICMS sobre as contas de energia elétrica proposto pelo governador Wilson Witzel para o Estado gerar até R$ 400 milhões a mais de receita por ano e tentar reduzir o rombo bilionário no caixa estadual. Os deputados aprovaram, também, a prorrogação desse adicional para equilibrar as contas do Plano de Recuperação Fiscal do Estado até 2023.
O adicional de 2% no imposto sobre as contas de luz vai afetar o orçamento daqueles que consomem acima de 450 kWh/mês. A alíquota de 28% do ICMS vai passar a totalizar 36%, com o adicional de 6% que será destinado ao Fundo Estadual de Combate à Pobreza (FECP). A arrecadação deste Fundo, este ano, sem o acréscimo aprovado pela Alerj, deverá somar R$ 4,3 bilhões.
A alíquota adicional de ICMS também vai ser aplicada nas contas de telefonia, afetando o orçamento de consumidores residenciais, comerciais e industriais.
Dicas para reduzir a conta de luz do Condomínio
Dentre as medidas sugeridas aos síndicos, a realização de uma campanha nos condomínios pode conseguir que suas unidades poupem água. Isto porque, além dessa conta propriamente dita representar um gasto de 27% do orçamento condominial, quanto maior o consumo, mais vezes será necessário ligar a bomba de recalque para completar a caixa de água do prédio.
A iluminação das áreas comuns do edifício feitas por lâmpadas fluorescentes ou LED permitem uma economia maior. A instalação de sensores de presença ou minuterias também mantém o espaço iluminado por um período determinado, com dois sistemas, o coletivo (quando lâmpadas de alguns andares são acionadas ao mesmo tempo) e o individual.
Para a conta não subir no elevador
Um grande consumidor de energia nos prédios são os elevadores. Os modelos mais antigos, que trabalham com quadros por relê, que armam e desarmam a cada chamada, engrossam a conta de luz. Como o custo para a troca desses elevadores por modelos novos é muito elevado, uma solução é modernizar os existentes instalando um comando por inversor de frequência, que gera economia de cerca de 40% ao transformar energia elétrica de corrente alternada fixa em variável, controlando a potência consumida pela carga, explica o eletrotécnico da Universidade Federal Fluminense, Sergio Antonio Gonçalves.
Outra sugestão é a de, nos horários de menor movimento no edifício, deixar funcionando apenas um elevador que atenda a todos os pavimentos. Os especialistas garantem que isso faz diferença no consumo de energia, pois ao se chamar mais de um elevador ao mesmo tempo, esse consumo é dobrado, só que, como a despesa se dilui nas contas do condomínio, acaba passando despercebido.
Varredura nas despesas de água
A conta de água que, em muitos casos, chega a 27% das despesas ordinárias do condomínio, pode ser diminuída com providências simples como evitar que faxineiros usem jatos de água para limpar calçadas, garagens ou áreas de lazer. Em lugar da chamada “vassoura hidráulica” deve se usar o balde e o esfregão.
Como a grande maioria dos edifícios não tem hidrômetros individualizados para cada unidade, o que forçaria cada condômino a cuidar da própria economia, uma boa medida para reduzir a conta de água seria estimular a troca de torneiras e descargas por modelos mais econômicos com adaptadores que reduzem o fluxo de água, são pontos a serem considerados para obter a redução nas contas de água e de energia.
Também o combate a vazamentos no prédio deve ser uma providência obtida através de vistorias periódicas pelo zelador ou o próprio síndico em busca de indícios que indiquem a contratação de um reparo hidráulico.