Mais caras desde dezembro, as contas da energia elétrica distribuída pela Enel vão aumentar de novo em março. No dia 15 deverá ser aplicado reajuste a ser autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), e a previsão é a de que este índice fique por volta dos 5%. Índice que se somará à cobrança das bandeiras tarifárias, que voltou a ser feita no último mês do ano passado para cobrir um déficit de R$ 3,1 bilhões, em 2020, na compra de energia pelas empresas distribuidoras.
Para tentar segurar essa despesa em um nível suportado pelo orçamento de cada condomínio, é recomendavel os síndicos adotarem medidas de redução de gastos. A energia elétrica pode ser poupada de várias maneiras. A mais comum é fazer a troca da iluminação das áreas comuns por lâmpadas de LED, que consomem 90% menos energia do que uma lâmpada incandescente.
O controle do consumo de água, além de acarretar redução da conta mensal, embute outra vantagem. Com menor frequência da utilização de bombas de recalque para encher a caixa d’água do prédio, o consumo de energia elétrica é reduzido.
Um grande consumidor de energia nos prédios são os elevadores. Os modelos mais antigos, que trabalham com quadros por relê, que armam e desarmam a cada chamada, fazem a conta de luz subir. Como o custo para a troca desses elevadores por modelos novos é muito elevado, uma solução é modernizar os existentes instalando um comando por inversor de frequência, que gera economia de cerca de 40% ao transformar energia elétrica de corrente alternada fixa em variável, controlando a potência consumida pela carga, recomendam especialistas.
Covid manda a conta
As contas de luz estão mais caras desde dezembro e seguirão assim em 2021. Isso se deve ao déficit de R$ 3,1 bilhões gerado no ano passado pela suspensão da bandeira tarifária entre junho e novembro. O valor será repassado aos consumidores para compensar o uso mais intenso das termelétricas, que geram energia mais cara. No Rio de Janeiro, a data de reajuste dos consumidores da Light e da Enel é 15 de março deste ano, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
De acordo com a Aneel, a arrecadação das bandeiras tarifárias em 2020 deveria ter sido de R$ 4,45 bilhões. Entretanto, foram arrecadados somente R$ 1,33 bilhão.
A retirada da bandeira tarifária no ano passado foi uma das medidas adotadas pela (Aneel) para atenuar os efeitos da pandemia de Covid-19 no bolso do cliente. A cobrança foi retomada em dezembro.
A bandeira tarifária foi criada em 2015, e aplica uma cobrança adicional nas contas de luz sempre que aumenta o custo da produção elétrica no país.
Neste mês de fevereiro vigora a bandeira amarela que cobra R$ 1,34 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
Valor das bandeiras
Atualmente, além da bandeira verde, que sinaliza a suspensão da cobrança, o sistema conta com três faixas:
- Bandeira Amarela – R$ 1,34 para cada 100 kWh consumidos
- Bandeira Vermelha 1 – R$ 4,16 para cada 100 kWh consumidos
- Bandeira Vermelha 2 – R$ 6,24 para cada 100 kWh consumidos.