Coleta seletiva protege o meio ambiente

coleta-seletivaJá foi tempo em que o lixo podia ser descartado de qualquer maneira. Hoje, indústrias reciclam metais, papel, vidros, óleo de cozinha e até o lixo eletrônico; extensa legislação protege o meio ambiente e, há três anos, vigora a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que demorou 20 anos para ser aprovada pelo Congresso.

O que falta, então? Ambientalistas alertam que para o lixo deixar de ser um vilão que entope esgotos, causa enchentes e tragédias, polui rios e mares e interfere com sua queima na camada de ozônio do planeta, é preciso que haja informações suficientes sobre isso para o grande  público e que se crie uma consciência ambiental na sociedade.

O destino de resíduos perigosos, como produtos químicos, também é previsto pela Política Nacional de Resíduos, segundo a qual a empresa responsável por oferecer esses produtos no mercado também deveria providenciar a retirada do refugo. Mas este ponto ainda não está sendo respeitado.

SELETIVA É LEI EM NITERÓI 

A Lei municipal nº 2.568/2008 obriga os condomínios residenciais a participarem da coleta seletiva, e a Lei municipal nº 2.948/2012 determina que novos edifícios  tenham coletores seletivos de lixo em seus projetos de engenharia e arquitetura.

A Companhia de Limpeza de Niterói (Clin) oferece o projeto de Coleta Seletiva. Os condomínios podem se cadastrar na Clin através do telefone 08000-222175 ou pelo email: clin@clin.rj.gov.br.

Para pôr em prática a responsabilidade ambiental, os síndicos devem conscientizar os moradores a separarem em seus apartamentos o lixo orgânico do inorgânico para a reciclagem.

O programa da Clin coleta papel, plástico, vidro e metal dando uma destinação final adequada, sem causar danos ambientais. O sistema de recolhimento seletivo porta a porta é realizado de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h, em toda a cidade de forma setorizada, de acordo com os bairros e a demanda de resíduos.

Todo o resíduo coletado seletivamente em Niterói é doado para duas cooperativas de catadores (uma no Morro do Céu e outra na Rua Padre Anchieta – Coopcanit).

A Clin criou também os Postos de Entrega Voluntária (PEV´s), distribuídos em vários bairros da cidade (veja os endereços aqui). Hoje, cerca de 4,5 % de todo resíduo produzido na cidade é reciclado. A Clin desenvolve projetos e incentivos para que esse número aumente, pelo menos, para 10% nos próximos quatro anos.

Os pontos de recebimento de materiais recicláveis (inclusive pilhas, baterias e lixo eletrônico) funcionam de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h (clique aqui para ver a relação de endereços).

O óleo vegetal usado, resto de frituras, também é coletado pela Clin (veja onde aqui).

CONDOMÍNIO PODE VENDER LIXO RECICLADO

Se o condomínio não quiser entregar de graça o lixo selecionado à Clin, pode vender o material embalado, separadamente, para cooperativas de reciclagem. Essas, no entanto, só buscam grandes quantidades. Em geral, o limite é o lixo produzido semanalmente por 40 apartamentos. Síndicos de prédios menores podem se unir e organizar a coleta e a entrega com os vizinhos.

Para fazer a coleta seletiva basta separar papel, plástico, metal e vidro em containers coloridos para cada material que deverá estar limpo de qualquer resíduo e sem rótulos. O material plástico, como as garrafas PET separadas por cor, verde, branca e azul, proporcionam maior lucratividade. Recipientes de produtos de limpeza, entre outros plásticos maleáveis também. Sacos e sacolas dão bom lucro, exceto o plástico de auto-impacto, ou seja, aquele que quebra, como por exemplo, acrílicos, eletrodomésticos, televisão, geladeira, entre outros.

Papéis brancos como livros e cadernos sem capas; papéis mistos, entre eles revistas, jornais, catálogos e panfletos; papelão (embalagens de pizzas, caixas de sapatos, etc) também são recicláveis. Os metais são as latas de alumínio e aço, leite em pó, azeite, dentre outras. Latas de óleo de cozinha são compradas pelas empresas de reciclagem.

Também é possível dar destino a restos de alimentos, produzindo adubo orgânico para vasos de plantas e pequenas hortas, através da compostagem. Pode-se fazer uma composteira dentro do apartamento com caixas de plástico, ou comprar uma por cerca de R$ 1 mil, dependendo do tamanho. O lixo orgânico transformado em adubo se deteriora e diminui de volume consideravelmente.

Até 2014, segundo a Política Nacional de Resíduos Sólidos, os lixões deverão ser fechados, sendo permitidos apenas os aterros sanitários. Mas o ideal será quando todo o lixo for reciclado, inclusive o orgânico que, além de virar adubo também pode gerar energia com o gás metano que produz ao se decompor. A providência reduzirá, certamente, o  efeito estufa no planeta.

 

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