A estiagem prolongada reduziu a vazão dos principais rios que abastecem Niterói e São Gonçalo. Tanto a Cedae como a concessionária Águas de Niterói pedem à população que economize e use água apenas para tarefas essenciais, evitando o desperdício.
Na quinta-feira (15/10), a Câmara de Vereadores realizou audiência pública com representantes da Área de Proteção Ambiental de Guapimirim, da Prefeitura de Niterói, da concessionária de abastecimento e ambientalistas. O vereador Daniel Marques, que presidiu a audiência, disse que o debate era para saber quais seriam os preparativos para evitar uma crise no abastecimento.
O biólogo Paulo Bidegain advertiu que no orçamento de 2016 o governo do Estado “não destina um único centavo para combater a crise hídrica. No caso do Rio Macacu é necessário reflorestar as margens, retirar construções irregulares e construir uma represa, que é útil para ser usada em períodos longos de seca, como este. A crise é grave, e não há previsão de chuvas fortes para os próximos dias”.
Em comunicado à população, Águas de Niterói diz que, “em função da forte estiagem que atinge o Estado o Rio de Janeiro nos últimos meses, o abastecimento de água para Niterói está reduzido. O Sistema Imunana-Laranjal – que é operado pela Cedae e fornece água para Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Paquetá – está com a vazão menor. Com a falta de chuvas, os rios Macacu e Guapiaçu – mananciais que abastecem estas cidades – estão com o volume de água abaixo do normal”.
A Cedae confirma a queda da vazão dos rios que abastecem o sistema Imunana-Laranjal, o que obrigou a empresa a fazer manobras extras para tentar equilibrar a distribuição e não deixar a população totalmente sem água.