Não choveu o esperado e os reservatórios de água ficaram muito vazios, prenunciando uma seca que somente vai piorar se todos não racionalizarem o uso e o consumo do chamado “precioso líquido” em seu dia-a-dia.
“O primeiro passo é entender que racionalizar não é o mesmo que racionar. Quando usamos de forma consciente e racional o recurso hídrico diminuímos o desperdício e evitamos o corte de abastecimento. Hoje a média diária de consumo domiciliar por pessoa no Brasil é quase o dobro do indicado como adequado pelas Nações Unidas, 110 litros/pessoa/dia”, explica o engenheiro Raymundo Aragão, membro da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (ABESCO).
Segundo Aragão, os principais usos de água nas residências são o chuveiro (14%), a pia de cozinha (12%), máquina de lavar roupa (11%) e vasos sanitários (6%), no entanto, com a aplicação de simples ações é possível reduzir o consumo sem deixar de utilizar ou aproveitar dos benefícios de cada um desses equipamentos.
“A água não tem substituto e é um bem essencial. É claro que cabe discutir os fatores que levaram a dificuldades do suprimento, mas é absolutamente urgente começar a racionalizar seu uso para que não seja racionado”, afirma.